Leia os seguintes versos de Fernando Pessoa para responder à questão:
O vaso que dei àquela
Que não sabe quem Iho deu
Há de ser posto à janela
Sem ninguém saber que é meu.
(PESSOA, Fernando. Obra poética de Fernando Pessoa, volume 1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. p 201).
Justifica-se a utilização do acento grave no primeiro verso em virtude:
“Deslugar:
Meu corpo desabitado,
que ao ver-te
quer vesti-lo
em mim, feito hábito.”
(Deslugar, Cyntia Osório)
“Cato palavras ao acaso
Caídas como pétalas
Das árvores frondosas
Da língua da pátria”
(O choro da História, Climério Ferreira)
“Depois da chuva à tarde
O aroma das folhas mortas do verão.
A tarde sepulta o amor.
Nas folhas mortas do verão,
O silêncio dos ausentes.”
(/, Halan Silva)
“[...]
A solidão é um fosso,
E viver sozinho, não posso.
[...]
(Oração, Laerte Magalhães)
“Eterno é o querer que se renova
Na procissão dos dias
Na miudeza do afeto
Na precisão um do outro.
[...]”
(Querer, Paulo Moura)
Leia o poema A cidade, de H. Dobal, para responder à questão.
A cidade
Esta cidade sem poeira de vida
se fecha. Se prende, se tranca
em mil unidades de desespero.
Esta cidade
desolada isolada
ilha de poeira morta
subverte o silêncio
submerge os soluços
(DOBAL. H. Poesia reunida. 2. ed. Teresina: Oficina da Palavra, 2005. p. 191).
Nos dois primeiros versos do poema, observa-se o uso de:
Leia os versos que encerram a peça teatral Édipo Rei, de Sófocles, para responder à questão.
Contemplai, cidadãos da pátria Tebas,
contemplai esse Édipo famoso,
habilidoso em decifrar enigmas,
que tinha em suas mãos força e poder,
rei invejado, próspero e feliz,
mas sobre o qual acaba de abater-se
furiosa tempestade de infortúnios.
Pelo que vedes, a nenhum mortal
que ainda espera o dia derradeiro
considereis feliz,
antes que tenha atingido e transposto,
livre de qualquer desgraça,
o marco final da vida.
(SÓFOCLES. Édipo Rei. Rio de Janeiro: BestBolso, 2016. p. 191).
A partir da leitura do texto, podemos afirmar que:
Leia o seguinte trecho do conto 1983, de Jorge Luis Borges, para responder à questão.
Num restaurante do centro, Haydée Lange e eu conversávamos. A mesa estava posta e restavam fragmentos de pão e possivelmente dois cálices; é verossímil supor que havíamos jantado juntos. Discutíamos, acho, um filme de King Vidor. Nos cálices devia haver um pouco de vinho. Senti, com um início de tédio, que estava repetindo coisas já ditas e que ela sabia disso e me respondia de forma mecânica. De repente, me lembrei que Haydée Lange morrera havia muito tempo. Era um fantasma e não sabia. Não senti medo; senti que era impossível e talvez descortês revelar-lhe que era um fantasma, um belo fantasma.
(BORGES, Jorge Luis. Atlas. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 107).
O termo em destaque, “disso”, refere-se
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